O ano era o de 1995. Era lançado no Japão um console de role-playing game, pelas mãos da Squaresoft, o fruto de um ambicioso projeto que já se estendia por mais de três anos, um grandioso game em um cartucho de tamanho absurdo de 32MB (absurdo para a época), que prometia ser o maior dos RPG’s já lançados até então, e que é considerado até hoje e por muitos, a obra máxima da softhouse.
Sucesso absoluto, o game lançado para o Super Nintendo, ou Super Famicom no Japão, se tornou rapidamente um dos games de maior vendagem da história da produtora. Aclamado pela crítica da época, atingiu um status inimaginado até antes de seu lançamento. Tornava-se um clássico, uma verdadeira obra prima dentre os de sua categoria.
Tornou-se o marco de toda uma geração que, graças a ele, passou a procurar por RPG’s de qualidade, mostrou novos caminhos a um gênero que ainda estava sendo descoberto no ocidente onde, até então, poucos RPG’s eram lançados e atingiam sucesso por essas bandas, ajudou e muito na popularização do gênero.
O sucesso de Chrono Trigger durou tanto tempo que anos depois, fora lançado e com grande sucesso, uma versão do game para PSone.
A verdade é que os motivos para isso não eram poucos, a começar pela incrível história criada para o game. Baseada em viagens no tempo, o roteiro pode ser considerado como um dos mais completos e profundos já feitos, com uma dose certa de drama, comédia e ficção. A história pode ser resumida da seguinte forma: “Frente aos olhos incrédulos de Crono e Lucca, um inesperado portal dimensional causa o desaparecimento de uma misteriosa garota durante uma mal-sucedida experiência de teletransporte. Crono decide tomar o mesmo caminho, a fim de localizar e salvar a garota, sendo seguido por Lucca. Logo percebem que o mundo na qual eles agora estão ainda é o mesmo, mas diferente. Não se tratava apenas de um portal dimensional, mas de um portal temporal: eles estão no passado! Assim tem início a maior das aventuras da vida de Crono, onde suas viagens através das eras lhe mostrarão um desesperador futuro de destruição, mas que pode, junto de seus novos amigos, terem sua história reescrita, para o bem da humanidade”. Não é exagero dizer que um livro de literatura/ficção contando a história de Chrono Trigger seria um grande Best Seller!
Trata-se de uma história maleável, que pode ter até 13 desfechos diferentes, de acordo com suas opções durante o jogo, e isso garante uma vida útil inigualável ao game, pois se pode terminá-lo e recomeçar um novo jogo sem perda de itens e experiência, em busca de outros finais. Um fator extremamente interessante do game é que muitos de seus atos no passado causam transformações no futuro, como por exemplo, se o jogador optar por não pegar um item em um baú no passado, poderá pegar o mesmo item no futuro só que muito mais poderoso. Todos os personagens do game são extraordinariamente cativantes, possuem personalidade, com papéis de suma importância no desenrolar dos acontecimentos vindouros da aventura, inclusive, interferindo-nos diversos finais. Não é sempre que outro personagem, senão o principal é escolhido como o preferido no game, mas aqui, qualquer um deles pode receber esse título.
Detalhados ao extremo, vivos e coloridos, explorando até então, o máximo da capacidade do console. Estas regras se aplicam a todos os ambientes do game, desde florestas e calabouços, às animações dos personagens e inimigos. O cuidado com os mínimos detalhes pode ser percebido em qualquer localidade nas sombras em movimento, nos efeitos de luz e transparência, no genial design dos castelos, cidades, personagens e monstros, que por sinal, possuem uma quantidade enorme de sprites de animação. Na versão para PSO, foram adicionados lindos vídeos em anime feitos pelos estúdios de Akira Toryama, que foram distribuídos pelo game desde sua abertura até seu final de modo a realçar as mais importantes passagens do game.
Isto deu ao jogo um charme todo especial, e como seus gráficos eram bons até mesmo para o padrão PS1, as animações o deixaram atualizado para aquela nova geração de consoles, onde o game cativou uma nova geração de fãs que se tornaram sedentos por uma continuação 3D do game, como aconteceu com Final Fantasy VII.
A equipe de desenvolvimento de Chrono Trigger foi liderada por três designers que Square apelidou de "Dream Team", composto por Hironobu Sakaguchi, criador da série Final Fantasy; Horii Yuji e Akira Toriyama (responsável pelo design de personagens da série de games e animes Dragon Quest e criador do universo de Dragon Ball), dois designers freelancers conhecidos por seu trabalho em séries Enix, Dragon Quest; Nobuo Uematsu, compositor para a série Final Fantasy, e Kazuhiko Aoki, que produziu o jogo. Masato Kato escreveu a maior parte da trama, enquanto compositor Yasunori Mitsuda marcou a maior parte do jogo antes de cair doente e adiando restantes faixas de Nobuo Uematsu.
A trilha sonora desse game ainda pode ser encontrada, com alguma dificuldade, à venda no Japão ou em importadoras especializadas. Trata-se de um CD “triplo”, que contém todas as maravilhosas melodias presentes no game.
Sabe-se que é costumeira a venda de CD’s contendo as trilhas musicais dos games mais populares no oriente, mas tamanho foi à quantidade de melodias compostas para Chrono Trigger que pela primeira vez era lançado um CD triplo, tratamento diferenciado que nenhum outro game até então havia recebido e que continua raro até hoje. Melodias dignas de prêmios, que agiam aliadas a efeitos sonoros limpos e de altíssima qualidade, conjunto este responsável pela tamanha imersão que o game causa em quem o joga, um trabalho de perfeição quase inatingível.
O sistema de batalhas foi, talvez, o mais inovador e bem sucedido da história dos games. A princípio, via-se o de sempre: batalhas baseadas em turnos, mas bastavam algumas horas de jogo para que se pudesse perceber a maestria com que o mesmo foi elaborado. A possibilidade de ataques combinados entre os personagens com diferentes efeitos abria um leque imenso de estratégias a serem utilizadas contra os inimigos, que não eram vencidos apenas devido ao alto ou baixo nível dos personagens. Era necessário conhecê-los, saber seus ataques e como anulá-los, conhecer suas fraquezas e explorá-las. As batalhas aconteciam sem nenhuma mudança de local ou de plano, e nem era preciso mudá-las, uma vez que os gráficos do game eram perfeitos para a ambientação das mesmas.
Os monstros eram visíveis no mapa, e podia-se desviar deles de modo a não entrar em batalhas desnecessárias, diferentemente dos RPG’s clássicos da época, que seguiam a regra de “batalhas aleatórias a todo o momento” que vinham sem aviso prévio, e muitas vezes mais irritavam do que divertiam. A combinação deste fator somado ao inovador sistema de batalha criava uma atmosfera onde era extremamente divertido e desafiador entrar em batalhas e testar suas técnicas e ataques combinados nos variados inimigos do game.
A arquitetura dos castelos, calabouços, florestas e afins foram feitos também com o intuito de o jogador manter um bom nível de interação com os mesmos, de modo a resolver quebra-cabeças e desafios que tornavam a aventura muito mais atraente, e fugiam um pouco do padrão “apenas lute e assista a história” que muitos RPG’s da época adotavam, mas que definitivamente não agradava a todos.
Sim, sem dúvida, Crono Trigger é um game que atingiu a perfeição em todos os sentidos. Seu sucessor Chrono Cross, que é um excelente game de qualidade ímpar, desenvolvido também pela Square, não obteve nem a décima parte do sucesso atribuído ao primeiro, e não poderia ser diferente, pois o talento da equipe original de produção, seus designers, seus compositores, completaram-se de uma maneira única, que jamais poderia ser superada.
Pode-se dizer que este foi um marco na história dos rpg’s, uma verdadeira evolução no gênero. Um local maravilhoso, criado para divertir, entreter e emocionar jogadores de todo o mundo, um dos melhores games da história!
Personagens:


Magus luta usando uma foice, assim como uma combinação de todos os tipos de magia. Ao contrário dos outros personagens, ele não aprende técnicas em conjunto com outros e precisa de amuletos para isso.
Antes que sua mente seja totalmente corrompida por Lavos, Schala ouve os prantos de Serge, uma criança prestes a morrer. Comovida, ela salva Serge e ainda cria uma clone de si mesma, que envia de volta à Terra. Sua esperança é a de que Serge e sua clone, posteriormente chamada Kid, ajudem a libertá-la de sua fusão com Lavos.
Os Gurus: Melchior da Vida, Gaspar do Tempo e Belthasar da Razão, são três figuras de status que viviam originalmente no Reino de Zeal em 12000 B.C. Na tradução para o inglês, os três gurus receberam os nomes dos Três Reis Magos, mas na versão original, em japonês, Belthasar é chamado de Gasch (ガッシュ, Gasshu), Gaspar de Hash (ハッシュ, Hasshu) e Melchior de Bosch (ボッシュ, Bosshu).
Eles são sábios e conselheiros de Zeal e estavam entre os poucos que não discriminavam os habitantes de Algetty, que não possuíam o dom da magia. Quando a Rainha Zeal se tornou seduzida pela energia de Lavos, os Gurus tentaram impedi-la, o que levou Lavos a enviar cada um deles para uma era diferente no futuro: Melchior para 1000 A.D., Belthasar para 2300 A.D., e Gaspar para o End of Time.
Os anos dourados de Zeal chegam ao fim quando a Rainha Zeal busca dominar uma fonte poderosa e aparentemente eterna de energia que emana do fundo do oceano. Essa energia vem nada menos que do parasita alienígena Lavos, que caiu no planeta em 65.000.000 B.C e vem ficando cada vez mais forte. Sob a influência de Lavos, a rainha começa a ficar cruel e ambiciosa; obcecada com a construção de um palácio perto dessa fonte de energia, e manipulando-a, via Mammon Machine. Os gurus temem que a Mammon Machine faça Lavos despertar, e tentam fazer a rainha desistir de seus planos.
Como previsto, a Mammon Machine acaba por despertar Lavos, que destrói Crono e o reino mágico de Zeal e bane os três gurus, Janus e Schala para épocas diferentes. Nesse ponto, fica evidente que a Rainha Zeal considerava os três gurus (e também os filhos dela) um entrave a seu poder, e o banimento deles para diferentes eras foi uma forma de silenciá-los.
Lavos (ラヴォス Ravosu) é um parasita alienígena que caiu do espaço no ano 65.000.000 B.C. Seu impacto sobre o planeta resultou numa era glacial e resultará no acontecimento do apocalipse.
Lavos influenciou diretamente toda a tecnologia e forma de vida no planeta, evoluindo todas as formas de vida do planeta, para cultivá-las depois, e fazê-lo assim mais forte. Não se sabe muito sobre a origem de Lavos. Depois de colidir com o planeta, ele fica sob o subsolo do mesmo, ganhando forças em milhões de anos devorando o planeta. O nome Lavos foi criado por Ayla, que ao ver Lavos entrando na atmosfera, pegando fogo, o chamou de "Grande Fogo" ("La" significa fogo e "vos" significa grande).
Pelos anos 12.000 B.C., o Reino de Zeal começa a tornar-se poderoso utilizando a energia de Lavos com uma máquina conhecida como Mammon Machine. O poder de Lavos é utilizado para tornar a rainha mais poderosa e manter tal reino flutuando. A Rainha Zeal começa a se tornar muito ambiciosa com o poder de Lavos, e ordena a construção de uma espécie de usina de energia no fundo do oceano, para se captar melhor o poder de Lavos. Isso deixa aparentemente Lavos nervoso, e ele emerge do fundo da terra e ataca a superfície, voltando a imergir para o fundo do planeta logo em seguida.
Em 1.999 A.D., no "Dia de Lavos", ele emerge novamente e faz ocorrer uma chuva de fogo em todo o mundo, e sobe ao alto da montanha Death Peak, gerando descendentes que colonizarão outros planetas. No ano 2.300 A.D., os poucos humanos sobreviventes vivem em ruínas, sobre o solo queimado.
Depois que a turma de aventureiros descobre a viagem no tempo e o destino da humanidade, começa a viajar pelas eras a fim de destruir Lavos e criar um novo futuro.
Uma vez Lavos destruído, o jogo acaba, e um dos múltiplos finais do jogo é mostrado, que depende do que foi feito pelo jogador no jogo.
cara, eu amo esse jogo.
ResponderExcluirMuito bom seu post.
tá de parabéns. ^^